... la vou eu com meu italiano piu o meno!
quando tenho a pouco sorte de nao encontrar a Sra F. e sim um outro com bem pouca simpaita.
Ele: Ancora sei una brasiliana.
nossa e me deu aquela vontade mau educada de responder, de falar com meu italiano piu o meno, tudo aquilo que numa fraçao de segundo passou pela minha cabeça:
(abre parenteses)
Claro che ancora sono una brasiliana, e lo sarò sempre. Non è un puto papel (pq ainda penso en español) che cambiara la mia vita, mi personalidade, mio caracter, meus 33 anos sendo uma brasileira, e com orgulho!! Lo che sucede è solo che bisogno di questo puto papel, deste tal documento, per che il mondo es injusto, y uno no puede vivir donde le gusta vivir (me entra la rabia y otra vez volvo a pensar en español)
seu cabron, gilipollas, pesado, strozo (o unico q sei en italiano) idiota, chato, grosso
ai que raivaaaaaaaaaa.
Solo prego che la Sra F. retorne lo piu presto posibile, che suo pappa descanse em paz, mas que ela volte logo, perche io non voglio parlare mai con questo uomo!!!
(fecha parenteses)
Quantos pensametos a gente pensa numa fraçao de segundos?
Eu: Ancora non c`e la resposta del sindaco? ah ok, grazie
(stronzo, cabron, grosso, ate qdo vc ficar aqui? espero nao te ver aqui na sexta feira)
Eu: Ciao, grazie (con un sorrizinho falso no rosto)
Como seria se a gente falasse tudo q a gente pensa e sente, no idioma que der vontade?
31 de agosto de 2011
25 de agosto de 2011
Triste mas linda...
Metade de mim
Oswaldo Montenegro.
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
24 de agosto de 2011
Canseidessaminhalentidao!
Alguem me conta o segredo das pessoas que conseguem fazer mil coisas ao mesmo tempo, e ainda bem feito. Cansei dessa minha lentidao!! Tenho tantas ideias, tenho tantos sonhos, mas por que nao consigo fazer a coisa acontecer? Parece que td vai tao devagar, queria tanto mudar algumas coisas em mim, ja faz tempo que essa minha lentidao me irrita, cansei, cansei, chega, chegaaaaaaa.
18 de agosto de 2011
6 de agosto de 2011
Biutiful, onde nada é bonito...
Quarta feira assisti Biutiful, e quase que nao consigo dormir...
Embore eu vivesse em Barcelona na epoca que o filme foi lançado e com a maioria das cenas feitas no bairro onde eu morava, bom eu achava que era ali, mas so identifiquei o colegio das crianças de resto, nao era bem exatamente onde eu morava, enfim...naquela epoca eu nao vi o filme. Chego aqui na Italia e nas duas programaçoes dos "Cine Aperto", tava la o tal do Biutiful entre tantos, entao penso: vou ver né?!
Ele baixou o filme e eu dei graçasadeus de ter visto aqui em casa e com ele dormindo (ele domiu nos 15`do filme) ainda bem, por que olha vazia tempo que eu nao chorava, mas chorava tanto num filme...
Que despero, queria que o filmesse acabesse logo, e sabe quando o filme nao acaba e a tragedia, a tristeza, o sofrimento tudo vai aumentado?! Mil coisas passavam na minha cabeça:
Eu nunca gostei dos filmes que so mostram o lado podre do Brasil, e de repente to ali vendo o lado podre, triste, decadente da minha Querida Barcelona.
Corrupçao Policial dever existir em todo o lugar do mundo.
Nunca gostei muitos desses filmes que se vê os mortos...hummm sou medrosinha pra essas coisas, e a hora que ele ve as almas do chinos mortos, mamma mia que angustia, isso por que eu ainda nao imagiva que ele fosse ve a propria alma minutos antes de morrer...aiiiiiii fiquei com aquela cena da alma dele no teto na minha cabeça, e enquanto escrevo ela me vem...aicredoooooodeusmelivre!!
Mas o mais triste mesmo é ver essa cadeia, esse elo, essa corrente sem fim, essa bola de neve, e que nao tem mais jeito de resolver. O mundo esta perdido!! Eu como uma eterna otmista, sonhadora, que vivo no meu mundinho encantado, fico xocada, extremamente balançada quando vejo que estou totalmente enganada, que nao tem mais jeito nao, que é impossivel pensar num futuro lindo pros meus filhos, alias nessa hora nem tenho mais vontade de ter filhos, em que mundo é esse que eles vao viver?
Eu sei que pode parecer um pouco de ignorancia da minha parte, mas eu como mais uma desse um milhao de pessoas que passam apressadas pelas ruas, pensando na sua propria vidinha, nas suas obrigaçoes, deveres, desejos, sonhos e tudo mais...nunca tinha parado pra pensar em como tudo isso funciona. Tudo, tudo esta interligado: Exploraçao de trabalho: chinos produzindo + negros vendendo + alguem fazendo a "coisa funcionar" + corrupçao policial + violencia policial + doenças + drogas + violencia domestica + pobreza + morte = mundo cao!
Eu que durante meses subi o Passeo de Gracia, cada dia voltando do trabalho e olhava aqueles negros sempre em estado de alerta, sempre prontos pra sairem correndo, fugindo da polica, naquela dança sincronizada e silencioza, como diria a Deia. Olhava, observava, ja tinha lido uma entrevista na contra do La Vanguardia de um desses negros que vao a Espanha pensando num futuro melhor, li a entrevista interia e fiquei com aquilo na cabeça por dias. Passava por ali olhando pra eles, me lembrando da entrevista e pensando em tantas coisas e principalmente da sorte que tive quando cheguei ali.
Quantas vezes fui comprar coisinhas nos chinos ao lado de casa por que é mais barato, quantas vezes comprei coisas nos mercadinhos dos "paquis" por que só eles estam abertos de domingo. Eu tambem faço parte dessa corrente, eu tambem faço esse esquema funcionar. E como nao fazer parte de tudo isso?
Eu tambem era mais uma entre tantas extrangeiras, imigrante nao quista ali naquele sistema, mas eu tava ali fazendo a economia girar, o sistema funcionar, à sua maneira, mas funciona, e nao tem mais como mudar...é triste, é bem triste mas estamos num caminho sem volta e eu tenho um pouco de medo, e muita mas muita tristeza.
A gente acha, tem a doce ilusao de pensar que pobreza so tem no Brasil, que corrupçao so rola la, que desigualdade, violencia e todas essas coisas ruins so tem la, nao nao, a unica diferença é que la ta escancarado, cada dia salta aos nossos olhos e mesmo que a gente nao queira, nao tem como esconder, ela faz parte da nossa realidade desde de sempre. E aqui, toda essa podridao e tristeza tambem existe, so que a coisa é dissimulada, ate que vem alguem e pá te joga na cara, como a onda que vem e acaba com seu castelinnho de areia. E eu eu so consigo sentirme triste, extremamente triste.
Cheguei em Barcelona e achava tudo lindo, que tudo funcionava super bem, o meio de transporte, a bicing, ai a bicing, que saudades...pra mim aquela cidade era incrivel, mas escutava o povo de lá e os que vivem lá há muito tempo falando com certa nostalgia de uma Barcelona de antes, e de agora.
E pensava: poxa cheguei na hora errada! A crise tava começando e a coisa foi piorando de uma forma geral, em só 3 aninhos lá, eu senti a nostalgia deles e entendi, em só 3 aninhos eu vi a coisa mudando pra pior, infelizmente, e fiquei triste pelos catalanes (e por mim).
Mas ainda assim adorava viver la, e contiuava acreditando que ainda assim la as coisas funcionavam melhor que no Brasil (ate o esquema paralelo funciona melhor), enquanto escutava as noticias lindas e promissoras de um pais de terceiro mundo crescendo e evoluindo. Fazendo e aparecendo de uma forma nunca vista antes. Nossa o Brasil ta bombando, pensava...
Passsei por la rapidamente, vi muita coisa bacana, outras que continuam igualzinhas, e duvido que mude um dia, mas enfim. Achei tudo carissimo, as pessoas mais apressadas do que nunca, a Paulista parada com sempre, o carioca curtindo a praia como sempre, o pobre contiuna pobre, o rico mais rico e a tal classe media quase em extinçao lutado pra entrar na escala dos ricos. Na verdade nem posso falar muito por que o tempo la foi curto, e confesso que nem tive tanta vontade de ficar se nao fosse pela familia e amigos.
E enquanto eu curtia minhas ferias no Brasilzao emergente o bicho pegava nas ruas da minha querida cidade condal. Nao consegui acompanhar o que rolou por la, so sei que esse Biutiful me fez desmitificar um pouco a minha cidade Encantadora, e agora cá estou eu in la belle Italia, onde a safadeza tambem corre solta, mas eu prefiro viver no meu mundinho encantado e achar que La Vita è Bella...e que Gamorra, Tropa de Elite e Biutiful sao mera ficçao.
Embore eu vivesse em Barcelona na epoca que o filme foi lançado e com a maioria das cenas feitas no bairro onde eu morava, bom eu achava que era ali, mas so identifiquei o colegio das crianças de resto, nao era bem exatamente onde eu morava, enfim...naquela epoca eu nao vi o filme. Chego aqui na Italia e nas duas programaçoes dos "Cine Aperto", tava la o tal do Biutiful entre tantos, entao penso: vou ver né?!
Ele baixou o filme e eu dei graçasadeus de ter visto aqui em casa e com ele dormindo (ele domiu nos 15`do filme) ainda bem, por que olha vazia tempo que eu nao chorava, mas chorava tanto num filme...
Que despero, queria que o filmesse acabesse logo, e sabe quando o filme nao acaba e a tragedia, a tristeza, o sofrimento tudo vai aumentado?! Mil coisas passavam na minha cabeça:
Eu nunca gostei dos filmes que so mostram o lado podre do Brasil, e de repente to ali vendo o lado podre, triste, decadente da minha Querida Barcelona.
Corrupçao Policial dever existir em todo o lugar do mundo.
Nunca gostei muitos desses filmes que se vê os mortos...hummm sou medrosinha pra essas coisas, e a hora que ele ve as almas do chinos mortos, mamma mia que angustia, isso por que eu ainda nao imagiva que ele fosse ve a propria alma minutos antes de morrer...aiiiiiii fiquei com aquela cena da alma dele no teto na minha cabeça, e enquanto escrevo ela me vem...aicredoooooodeusmelivre!!
Mas o mais triste mesmo é ver essa cadeia, esse elo, essa corrente sem fim, essa bola de neve, e que nao tem mais jeito de resolver. O mundo esta perdido!! Eu como uma eterna otmista, sonhadora, que vivo no meu mundinho encantado, fico xocada, extremamente balançada quando vejo que estou totalmente enganada, que nao tem mais jeito nao, que é impossivel pensar num futuro lindo pros meus filhos, alias nessa hora nem tenho mais vontade de ter filhos, em que mundo é esse que eles vao viver?
Eu sei que pode parecer um pouco de ignorancia da minha parte, mas eu como mais uma desse um milhao de pessoas que passam apressadas pelas ruas, pensando na sua propria vidinha, nas suas obrigaçoes, deveres, desejos, sonhos e tudo mais...nunca tinha parado pra pensar em como tudo isso funciona. Tudo, tudo esta interligado: Exploraçao de trabalho: chinos produzindo + negros vendendo + alguem fazendo a "coisa funcionar" + corrupçao policial + violencia policial + doenças + drogas + violencia domestica + pobreza + morte = mundo cao!
Eu que durante meses subi o Passeo de Gracia, cada dia voltando do trabalho e olhava aqueles negros sempre em estado de alerta, sempre prontos pra sairem correndo, fugindo da polica, naquela dança sincronizada e silencioza, como diria a Deia. Olhava, observava, ja tinha lido uma entrevista na contra do La Vanguardia de um desses negros que vao a Espanha pensando num futuro melhor, li a entrevista interia e fiquei com aquilo na cabeça por dias. Passava por ali olhando pra eles, me lembrando da entrevista e pensando em tantas coisas e principalmente da sorte que tive quando cheguei ali.
Quantas vezes fui comprar coisinhas nos chinos ao lado de casa por que é mais barato, quantas vezes comprei coisas nos mercadinhos dos "paquis" por que só eles estam abertos de domingo. Eu tambem faço parte dessa corrente, eu tambem faço esse esquema funcionar. E como nao fazer parte de tudo isso?
Eu tambem era mais uma entre tantas extrangeiras, imigrante nao quista ali naquele sistema, mas eu tava ali fazendo a economia girar, o sistema funcionar, à sua maneira, mas funciona, e nao tem mais como mudar...é triste, é bem triste mas estamos num caminho sem volta e eu tenho um pouco de medo, e muita mas muita tristeza.
A gente acha, tem a doce ilusao de pensar que pobreza so tem no Brasil, que corrupçao so rola la, que desigualdade, violencia e todas essas coisas ruins so tem la, nao nao, a unica diferença é que la ta escancarado, cada dia salta aos nossos olhos e mesmo que a gente nao queira, nao tem como esconder, ela faz parte da nossa realidade desde de sempre. E aqui, toda essa podridao e tristeza tambem existe, so que a coisa é dissimulada, ate que vem alguem e pá te joga na cara, como a onda que vem e acaba com seu castelinnho de areia. E eu eu so consigo sentirme triste, extremamente triste.
Cheguei em Barcelona e achava tudo lindo, que tudo funcionava super bem, o meio de transporte, a bicing, ai a bicing, que saudades...pra mim aquela cidade era incrivel, mas escutava o povo de lá e os que vivem lá há muito tempo falando com certa nostalgia de uma Barcelona de antes, e de agora.
E pensava: poxa cheguei na hora errada! A crise tava começando e a coisa foi piorando de uma forma geral, em só 3 aninhos lá, eu senti a nostalgia deles e entendi, em só 3 aninhos eu vi a coisa mudando pra pior, infelizmente, e fiquei triste pelos catalanes (e por mim).
Mas ainda assim adorava viver la, e contiuava acreditando que ainda assim la as coisas funcionavam melhor que no Brasil (ate o esquema paralelo funciona melhor), enquanto escutava as noticias lindas e promissoras de um pais de terceiro mundo crescendo e evoluindo. Fazendo e aparecendo de uma forma nunca vista antes. Nossa o Brasil ta bombando, pensava...
Passsei por la rapidamente, vi muita coisa bacana, outras que continuam igualzinhas, e duvido que mude um dia, mas enfim. Achei tudo carissimo, as pessoas mais apressadas do que nunca, a Paulista parada com sempre, o carioca curtindo a praia como sempre, o pobre contiuna pobre, o rico mais rico e a tal classe media quase em extinçao lutado pra entrar na escala dos ricos. Na verdade nem posso falar muito por que o tempo la foi curto, e confesso que nem tive tanta vontade de ficar se nao fosse pela familia e amigos.
E enquanto eu curtia minhas ferias no Brasilzao emergente o bicho pegava nas ruas da minha querida cidade condal. Nao consegui acompanhar o que rolou por la, so sei que esse Biutiful me fez desmitificar um pouco a minha cidade Encantadora, e agora cá estou eu in la belle Italia, onde a safadeza tambem corre solta, mas eu prefiro viver no meu mundinho encantado e achar que La Vita è Bella...e que Gamorra, Tropa de Elite e Biutiful sao mera ficçao.
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